A pouco menos de duas semanas do lançamento do Windows 10, chega uma
informação que pode deixar muitos usuários revoltados. De acordo com os
termos de serviço do sistema operacional, os usuários domésticos serão
obrigados a aceitar todas as atualizações de sistema e, ao contrário do
que acontece hoje, não poderão mais desativá-las ou escolher exatamente o
momento de baixá-las para o computador.
É uma mudança que, de
acordo com a Microsoft, vem para incrementar a segurança da plataforma.
Com updates mandatórios, os usuários sempre estarão livres de bugs
descobertos recentemente e também protegidos contra falhas de segurança,
reduzindo a disparidade no ecossistema e permitindo um suporte mais
adequado por parte da companhia.
Essa é uma característica que já
estava presente nas versões prévias disponíveis desde o ano passado
para aqueles que optaram por participar dos testes Beta. Por outro lado,
essa funcionalidade é comum em experimentações do tipo, e até agora,
não se imaginava que ela seria parte integrante da experiência com o
Windows 10.
A novidade, ainda, faz parte de uma nova estratégia
da Microsoft, que pretende adotar um sistema parecido com o do mundo
mobile também para o Windows. Agora, em vez de receber apenas
atualizações de segurança, o sistema terá novas funcionalidades
adicionadas periodicamente, evoluindo de acordo com a resposta dos
usuários e com as tendências do mercado. Mais um motivo pelo qual a
fabricante quer obrigar todos a atualizarem, já que somente assim eles
teriam acesso à experiência completa.
O problema, por outro lado,
é que com esse sistema, também não existe alternativa caso um update de
sistema venha a travar o funcionamento do Windows. Quem acompanha o
noticiário sabe que esse tipo de coisa acontece com frequência, e com as
atualizações mandatórias, o usuário não terá outra opção a não ser
desconectar o computador da internet, algo simplesmente inviável, ou
aturar o problema até que a Microsoft libere uma nova atualização que o
corrija.
Foi o que aconteceu no ano passado, por exemplo, com o
Windows 7. Um patch liberado em dezembro acabou causando problemas com
placas de vídeo da AMD e outros aplicativos, além de impedir que novas
atualizações – mesmo aquelas que corrigissem o problema – fossem
baixadas. A correção teve que ser aplicada manualmente pelos já nervosos
usuários afetados.
Com o Windows 10, apenas usuários
corporativos terão a opção de não fazer a atualização. Na verdade, eles
poderão apenas atrasar esse processo, de forma a adequarem seus sistemas
às novas funcionalidades. Aqui, a Microsoft dará um espaço de oito
meses, a partir do lançamento de um update, até que ele seja instalado
automaticamente nas máquinas.
É claro que a notícia já está
causando críticas e revolta de usuários e especialistas. Sobre elas,
porém, a Microsoft não se pronunciou ainda. O Windows 10 chega em 29 de
julho para usuários corporativos e domésticos.
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